Experimento:
Óleos Essenciais – Perfumes
- Introdução
Nos últimos anos muito se tem ouvido falar de óleos
essenciais em produtos cosméticos, em revistas para leigos, em propagandas de
televisão. A publicidade descobriu o potencial positivo do marketing dos óleos
essenciais. Mas afinal, o que são óleos essenciais? Onde se encontram na
espécie vegetal? Qual sua relação com a aromaterapia? Apresenta fundamentação
científica? Estes produtos que encontramos facilmente em oferta nas gôndolas de
lojas com artigos populares são óleos essenciais terapêuticos?
Óleos essenciais são compostos voláteis produzidos pelas
plantas para sua sobrevivência. A espécie vegetal produz compostos primários,
tais como açúcares e nitrogenados, e também compostos secundários* (*definição
não aceita por unanimidade), que não são utilizados diretamente para sua
alimentação e nutrição. Entre os compostos secundários estão os alcalóides, os
flavonóides, as saponinas e os óleos essenciais. Os óleos essências são
substâncias químicas que exercem as funções de autodefesa e de atração de
polinizadores. A planta produz óleos essenciais nas seguintes partes: flores,
cascas de frutos (denominados cítricos), folhas e pequenos grãos, raízes,
cascas da árvore, resinas da casca, sementes.
Denominam-se tricomas (ou pêlos) as
”bolsas” onde fica encapsulado o óleo essencial na planta. Estes tricomas são
rompidos naturalmente pela espécie vegetal, liberando o óleo essencial, que
forma uma espécie de “nuvem aromática” ao seu redor. Por isto são denominados
como sendo a alma da planta ou a energia vital da planta.
HISTÓRIA DO PERFUME
Ao penetrarem pelas narinas, os
aromas encontram o sistema límbico, responsável pela memória, sentimentos e
emoções. A sábia Cleópatra seduziu Marco Antônio e Julio César usando um
perfume à base de óleos extraídos das flores.
Nos tempos mais remotos, os homens invocavam os deuses por meio da fumaça. Eles
queimavam ervas, que liberavam diversos aromas. Foi neste contexto que surgiu a
palavra "perfume", em latim per
fumum, que significa "através da fumaça".
A história do perfume remonta há
três mil anos e as lendas que envolvem sua criação vão mais longe ainda. Foi na
Índia e na Arábia que surgiram os primeiros mestres da perfumaria. Ali já havia
sido criada a água de colônia, obtida pela maceração de pétalas de rosas.
Os árabes não só compreendiam e
apreciavam os prazeres dos perfumes, mas também tinham conhecimentos avançados
de higiene e medicina. Eles produziram elixires partindo de plantas e animais
com propósitos cosméticos e terapêuticos. Por volta do século X, Avicena
descobriu a destilação dos óleos essenciais das rosas, e assim criou a Água de
Rosas. Depois veio a Eau de Toilette,
feito para a rainha da Hungria. No século XIX o perfume ganha novos usos, como
o terapêutico, por exemplo.
O esplendor da perfumaria
florescia com a renascença. Foi então, na Europa que o perfume desenvolveu e se
popularizou. Mesmo feito ainda de forma artesanal desempenhava sua forma social
como parte dos luxos diários e necessários de toda mulher, encantando com suas
doces fragrâncias e charmosos frascos, capazes de transformar os perfumes até
os dias de hoje, em verdadeiros objetos de desejo.
Foi nessa época que Paris se tornou uma referência mundial em produção de
fragrâncias e perfumes, e fez com que os perfumes franceses conquistassem o
mundo.
É comum o mesmo perfume apresentar cheiros diferentes
quando aplicado em pessoas diferentes. Isso porque, os odores corporais são
únicos, sendo resultado da alimentação, das características pessoais, dos
lipídeos e ácidos graxos que a pele exala. A temperatura da pele interfere
diretamente na vaporização do perfume, e, portanto no cheiro que ele exala.
- EAU DE PARFUM: Mais fraco, tem, em sua
composição, de 10% a 20% de concentração de essências e seu efeito de
fixação chega a 12 horas. Bastam algumas gotas em lugares estratégicos
como a nuca, atrás da orelha e atrás do joelho, para você ficar perfumado
o dia todo;
- EAU DE TOILETTE: Com fragrâncias mais
discretas são perfeitos para serem usados em climas tropicais com o
goiano. Sua fixação não passa de oito horas, e mesmo assim, em dias mais
quentes. Sua concentração de essência varia entre 6% e 12%;
-
EAU DE COLOGNE: Excelentes para o nosso clima, também podem ser
usados durante o dia. Seu poder de fixação não dura mais do que cinco horas
e a concentração fica entre 5% e 8%;
-
DEO COLÔNIA: O mais suave dos perfumes tem o mínimo de concentração
de essência, chegando ao máximo de 10%, sendo sua fixação de duas a quatro
horas, com algumas exceções que chegam a até 8h.
- Material
Para confecção de 100 ml de perfume a 20%
E/F
- 80 ml de
álcool de cereais; (400 ml para ½ Litro de perfume)
- 10 ml de
essência;
(50 ml para ½ Litro de perfume)
- 10 ml de
fixador; (50 ml para ½ Litro de perfume)
- 20 ml
água destilada; (100 ml para ½ Litro de perfume)
- 10 ml dipropilenoglicol.
(50 ml para ½ Litro de perfume)
- Procedimento
·
Coloque o álcool em um copo graduado e em
seguida junte a essência e o fixador.
·
Misture bem e acrescente o dipropilenoglicol e a
água.
·
Coloque com auxilio de um funil o perfume em
vidros lembrando-se de não preencher o vidro até a borda.
·
Leve para macerar (Deixe o perfume no
dia que foi feito em temperatura ambiente longe da claridade e depois de 24
horas levar para geladeira por mais 24 horas, ir alternando por 10 dias).
·
Outro modo é adicionar em frasco escuro e deixar
em lugar escuro e fresco durante 30 dias.
- O que é óleo essencial e qual sua função para o
vegetal?
- Quais estruturas armazenam e secretam os óleos
essenciais?
- Como o vegetal produz os óleos essenciais?
- Qual a função do fixador na confecção do perfume?
- Qual a função do álcool de cereais na confecção do
perfume?
- Por que adicionamos água ao perfume?
- Como os perfumes são classificados e qual o
critério para esta classificação?
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Experimento – Sabonetes
1.
Introdução
O sabão é um produto tensoativo
usado em conjunto com água para lavar e limpar. Sua apresentação é variada,
desde barras sólidas até líquidos viscosos.
Do ponto de vista químico, o
sabão é um sal de ácido graxo. Tradicionalmente, o sabão é produzido por uma
reação entre gordura e hidróxido de sódio e de potássio e carbonato de sódio,
todos álcalis (bases) historicamente lixiviados das cinzas de madeiras de lei.
A reação química que produz o sabão é conhecida como saponificação. A gordura e
as bases são hidrolisadas em água; os gliceróis livres ligam-se com grupos
livres de hidroxila para formar glicerina, e as moléculas livres de sódio ligam-se
com ácidos graxos para formar o sabão.
Saponificação
Saponificação
é basicamente a interação (ou
reação química)
que ocorre entre um
ácido graxo
existente em
óleos ou
gorduras com uma
base
forte com aquecimento. O sabão é um sal de ácido carboxílico e por possuir uma
longa cadeia carbônica em sua estrutura molecular, ele é capaz de se
solubilizar tanto em meios polares quanto em meios apolares. Além disso, o
sabão é um tensoativo, ou seja, reduz a tensão superficial da água fazendo com
que ela "molhe melhor" as superfícies. A reação básica de
saponificação pode ser representada pela seguinte equação:
- Éster de
ácido graxo + Base forte → Álcool + Sal de ácido graxo (sabão)
Se for utilizada uma base composta por Sódio (Na)
o sabão formado será chamado de sabão duro. Se no lugar de sódio tiver Potássio
(K) o sabão passará a ser chamado de sabão mole.
2.
Material
- 10ml de hidratante de aveia;
- 3 colheres (sopa) de aveia;
- 1 colher;
- 1 panela de aço inox;
- 150 gramas de glicerina
branca;
- 10ml de uma essência qualquer;
- 1 fôrma de silicone para sabonete
especial;
- 1 faca.
3. Procedimento
- Pique toda a glicerina branca em
pedaços pequenos.
- Ponha os pedacinhos da glicerina
na panela e leve ao fogo baixo. Mexa levemente, até a glicerina se
liquefazer. Quando isso ocorrer, retira a panela do fogo.
- Adicione à glicerina as 3 colheres
de aveia e mexa novamente.
- Quando tudo estiver bem misturado,
adicione os 10ml, tanto de essência como de hidratante de aveia. Novamente
mexa levemente até a mistura engrossar um pouco e ficar parecido com um
mingau.
- Agora despeja o "mingau"
na fôrma de silicone e aguarde que ela fique seca.
- Após o resfriamento, retire com
cuidado da forma e você já terá o sabonete pronto em mãos.
QUESTÕES
- O que são grupos hidrofóbicos e hidrofílicos?
- Como ocorre o processo de eliminação da "sujeira"
(gordura)?
- Qual a finalidade de se adicionar ácido durante a preparação do
sabão